Pedro Gordilho e o Caminho de Santiago! – Parte 3

Retomando a entrevista com Pedro Gordilho, este é o terceiro post sobre sua aventura pela França e Espanha, seguindo um dos Caminhos de Santiago.

Beto Benjamin: O que achou da história do monge budista que acabei de contar?

Pedro Gordilho: Rapaz, essa metáfora lembrou que eu estava realmente fazendo duas viagens. Ambas importantes. Me fez recordar que nelas passávamos horas tagarelando. Jogando conversa fora. Falando pelos cotovelos. Falávamos de uma coisa, de outras; de uma pessoa, de outras – mas, também tinha dias que não dávamos uma palavra. Silêncio obsequioso absoluto. Nada para ninguém. Sem assunto. Cada um na sua (viagem)! Tá vendo aí? O monge de Bangcoc estava mesmo certo quando deu aquele toque para você e o Fernando Barbosa. Imagino a cara dos dois escutando os ensinamentos budistas… Corajoso esse monge! (risos)…

Durante os novecentos quilômetros da caminhada às vezes, apenas um queria ficar em silêncio! Acontecia mais comigo. Eu possuía no meu iPhone um arquivo com mantras. Então, ligava meu celular e ficava horas caminhando, escutando baixinho as músicas. Luiz, companheiro de jornada, percebendo meu desejo de permanecer só, dava uns passos à frente, se adiantava e ia fazendo o seu caminho. Eu ficava na minha!

Em outras ocasiões, ele não queria conversa! Naturalmente, eu retribuía. Era uma demonstração de verdadeira consideração e respeito entre nós. Essencial numa aventura assim.

Essa liberdade de ser – sem ter que se incomodar com o outro – foi a primeira vez que experimentei na vida!

Estou casado há trinta e quatro anos. Mas, vivo com Ana há quarenta. Comecei a vida muito cedo. A gente cria uma gaiola imaginária e acaba vivendo dentro dela. Tendo que dar mil satisfações a uns e outros, se esquecendo quase que completamente da sua individualidade. Ela existe, é importante e deve ser respeitada.

Nascemos sós e vamos morrer sós mas, esquecemos disso o tempo todo…

Beto Benjamin: Que figuras encontraram nessa caminhada?

Pedro Gordilho: Ah, teve uma interessante: um gaúcho. Caminhamos uns três dias com esse cara. Alternando os encontros. Ora ele estava à frente, ora éramos nós. Nesse passa-passa, nos cruzamos pelo menos umas três vezes. Ele tinha sido lutador de MMA. Muito engraçado. Gente boa. A história dele foi assim: Para fazer o caminho de Santiago, ele partiu de León. Não começou em Saint-Jean-Pied-de-Port como nós que fizemos o caminho “francês”.

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A Compostelana

Que cidadezinha linda! Uma graça! Partindo de lá é o caminho mais tradicional: Saint-Jean-Pied-de-Port/Santiago de Compostela. Se quiser,  pode estender a caminhada um pouco mais e em três dias chegar a Finistere. Veja, tem caminhos para todos os gostos, partindo de todos os lugares. As pessoas escolhem o que for mais conveniente. A Igreja reconhece, oferecendo a compostelana, àqueles que tiverem percorrido pelo menos cem dos últimos quilômetros. Muita gente faz a caminhada somente para obter esse documento. Ficam satisfeitos com ele.

 

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O Certifcado

Cada cabeça um mundo. Entretanto, a Igreja também emite outro documento muito mais completo chamado o certificado, que discrimina de onde você partiu, onde chegou e a distância percorrida. Estou compartilhando fotos dos dois documentos para você ilustrar o post. Esses documentos viram verdadeiros troféus nas mãos dos peregrinos. Diplomas reconhecidos e valorizados. Eu trouxe os meus!

 

Voltando ao gaúcho. Ele disse que morava em Barcelona mas que era proprietário de um bar na Inglaterra! Olha só que confusão! Foi logo nos contando a história de como conheceu sua atual mulher: uma inglesa. Disse que chegou à Inglaterra onde foi tentar a vida e trabalhou de tudo que é jeito e em todo tipo de coisa. Era um faz-tudo. Contando, ele era engraçado. Nos fez rir muito com essa história da mulher. No final concluímos que ele

certamente era um cara “meio torto”… Bem prá lá disso! Era todo torto mesmo!

O nome do gaúcho também é Luiz como o meu companheiro de peregrinação. Vamos deixar para lá o sobrenome… Vai que ele, lutador de MMA depois de ler o NuncaseSabe resolve me pegar! Melhor esquecer completamente o sobrenome. Assim ficamos mais seguros…(risos).

Disse que um dia conheceu a moça que depois seria sua mulher. Na conversa, disse-lhe que queria ficar morando mesmo na Inglaterra. A inglesa escutou aquilo e respondeu: “Não tem problema. A gente casa e você fica aqui!”. Surpreso com a reação e proposta dela Luiz falou: “Espera aí. Nem nos conhecemos direito. Não somos nem namorados.” Ela não se abalou e retrucou: “E daí? Qual o seu problema? Casar? É só assinar um papel e você fica com a cidadania”. Simples assim. Não só prometeu, como cumpriu. Estão casados até hoje! Pode? Esse é o gaúcho Luiz.

Confidenciou ainda que de vez quando tinha uns “arranca-rabos” com ela. Aconteceu mais um e sabe o que ele fez? Passou em casa, pegou a mochila, não disse aonde ia e se mandou: veio fazer o caminho de Santiago. Não se despediu dela nem dos filhos, nem disse para onde ia nem por quanto tempo. Estava ali conosco, contando essa história com a cara mais descarada do mundo e rindo…

Pois bem, depois de andarmos quase que no mesmo ritmo por um bom tempo e nos cruzarmos diversas vezes durante o caminho, notamos que ele começou a acelerar o passo e se adiantar. “Por que Luiz está tão apressado agora,” pensamos…

Chegou a Santiago de Compostela uma semana antes de nós. Ficava mandando fotos, vídeos fazendo gozação. “Fui mais rápido que vocês! Estou aqui, viu Pedrão? Aí deixou escapar: “Estou doido para voltar para casa.”

Ah! Era isso… Tava explicado porque acelerou tanto… Deve ter batido  saudade da esposa que ele brigou. Pronto, lá se foi o Luiz, lutador de MMA fazer as pazes com ela… Não consigo  imaginar a cena! (risos).

Cenas do Caminho de Santiago

Conhecemos também dois paulistas. Gente boa demais. Percorremos um bom trecho juntos. Eram pai e filho. Pelo que vimos uma bela relação entre os dois. O rapaz tinha uns vinte e seis anos e o pai da minha idade, uns sessenta anos. O filho morava fora do Brasil. Combinaram de se encontrar e fazer o caminho de Santiago juntos. Ambos possuíam uma grande qualidade: eram agregadores. Onde estavam faziam amizade, se enturmavam logo. Quando chegávamos numa praça num povoado qualquer e avistávamos uma mesa grande, tínhamos certeza que os dois estavam lá. Contando suas histórias, divertindo gente e se divertindo…

Teve também outro peregrino interessante:

fazia o caminho de Santiago descalço! Rapaz! Não era coisa para qualquer um!

Descalço mesmo consegue imaginar o que é isso? Não me aproximei tanto dele. Porém, sempre nos batíamos pelo caminho. Chegávamos nos lugares e daí a pouco, ele também chegava. Sempre descalço. Andava no seu ritmo mais devagar com os pés no chão, mas chegava. Dia seguinte saíamos cedinho, cruzávamos com ele, ultrapassámos e seguíamos adiante. Não sei como conseguia pisar no meio de tantas pedras e continuar caminhando daquela forma. Mancava dos dois pés. Usava dois cajados. Não conseguia pisar direito. Mas foi seguindo… Devia ser promessa mesmo. Puro sacrifício…

Teve uma hora que, com pena, tive vontade de oferecer uma sandália para ele mas, me contive. Tinha certeza que ele não aceitaria!

Havia todo tipo de gente no caminho. Gente nova, gente velha, gente gorda, gente magra. gente bonita, gente feia. Havia mulheres que pesavam cento e cinquenta quilos. Não estou inventando não. Caminhando. Quadris enormes, aquelas coxas. Como era que suportava a caminhada eu não fazia a menor idéia. Chegavam quatro horas depois da gente mas, chegavam.

Beto Benjamin: Acho que é por isso que esse caminho é tão bem compactado como vi em algumas fotos que você mostrou! (Risos).

Pedro Gordilho: É possível mesmo. Havia também os estrangeiros. Todos tentando viver essa experiência de olhar para dentro de si próprio. Buscando auto-conhecimento. Como todo mundo. Não fui com esse propósito claro. Sabia que ia acontecer mas não fui com a intenção. Foi consequência.

Beto Benjamin: E as paisagens?

Pedro Gordilho: Lugares lindos. Pode acreditar. Às vezes eu olhava do alto de uma montanha, via aquele vale e lá no fundo, no horizonte, uma coisa meia azulada de tão longe. Era a meta a ser alcançada. Você sentia que chegaria tão distante. E não era apenas chegar. Sentia que iria ultrapassar aquela distância. Iria além. Isso servia como uma grande motivação. Quem não se motivaria a caminhar com um incentivo desses?

A caminhada prosseguia: subia, descia, andava no plano. Sabia que tinha que subir um morro enorme. Previamente se estudava a topografia do caminho. Daí a pouco começava a descer o morro e tinha a sensação que estava fazendo tudo dobrado. Muito doido…

Além de subir, ainda tenho que descer. Mas isso não desanimava ninguém. Ao contrário. Dava forças para prosseguir. Subia o morro. Chegava lá em cima, no cume e estava um frio danado. A camisa e a cara encharcadas de suor. Camisa gelada. Pois bem enxugava no próprio corpo. Daqui a pouco, suava novamente. Ia, ia… Paisagens indescritíveis. Céu azul todo o tempo. Só tivemos um dia de chuva e assim mesmo no último trecho. O resto foi céu completamente azul. Um espetáculo. Lindo, lindo. Não posso esquecer.

Muitos riachos, muitas fontes no caminho. Enchia a garrafa de água e caminhava. Centenas, milhares de pessoas caminhando. Sou capaz de arriscar pelo que vi, que se fosse possível fazer uma foto dos peregrinos em qualquer instante, se veriam pelo menos três mil pessoas caminhando. A qualquer hora. Talvez mais.

Em Santiago devem chegar todos os dias pelo menos mil peregrinos. Todos os dias. Refletindo você se pergunta enquanto caminha: “quantas pessoas devem ter passado por esse chão que estou pisando agora?”

Beto Benjamin: Que pensamentos lhe passavam pela cabeça na caminhada?

Pedro Gordilho: Pensamentos de contemplação. Daquilo que via e vivia. Olhei muito para dentro. Sou religioso também.

Ficou muito nítido para mim quem sou de verdade. Minha essência. Ali vi com clareza pois aqui, nessa vida corrida que se leva, não dá para perceber!

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Credencial de Peregrino

Fiz uma coisa nos últimos dez dias do meu caminho. Dediquei cada dia para cada pessoa que me era muito próxima. Cada pessoa ou grupo de pessoas. Um dia dediquei para meus filhos. Fui conversando silenciosamente com cada um. Primeiro fazia uma retrospectiva da nossa vida. Cada minuto, cada momento. O momento que ele foi desejado, gerado.

Foram tantas as dificuldades que passamos. Os impasses que já tivemos e no final eu terminava “zerado”. Ou seja. Perdoado. Eu dizia: A partir de hoje você está perdoado e eu também por qualquer coisas que tenhamos feito um ao outro. Fiz isso com minha mãe, com meu pai, com minha mulher, com meus filhos, com meus cunhados, com meus irmãos, com cada um deles. E claro, comigo mesmo.  Foi muito bacana. Zerei a conta.

Beto Benjamin: Como foi a reação deles, ao tomar conhecimento desse seu gesto?

Pedro Gordilho: Não houve reação. Não contei para ninguém! Quem sabe disso agora é você. Nem Luiz, que estava comigo, sabia.

Beto Benjamin: Sobre o que você e Luiz conversavam?

Pedro Gordilho: Tudo. Brincávamos. Esculhambávamos. Luiz foi um excelente companheiro de viagem. Conversas de amigos. Falávamos de tudo e de todos. Luiz tinha trabalhado na Dow Química por mais de trinta anos. Se aposentou quando era diretor da Dow para a América Latina. Fez um projeto de vida e disse: “Chega de trabalho. Não quero mais!”.

Imagine meu privilégio de passar trinta dias, caminhando, com um companheiro desse quilate.

Cenas do Caminho de Santiago

Beto Benjamin: Que comiam e bebiam os peregrinos no caminho?

Pedro Gordilho: Ih rapaz. Era vinho todo dia. No mínimo uma garrafa para cada diariamente. O menu do peregrino, inclui uma garrafa de vinho. Pau! Era para começar. O menu do peregrino é uma delícia. Estou até desconfiado que alguns dos peregrinos gostavam mais dessa parte. Como nós. (Risos).

Quando entramos na Galícia, comemos polvo todo dia “mermão”. Você não faz idéia do que é comer polvo na Galícia. Coisa muito séria ali. PQP! Até pizza de polvo comemos.

Estávamos andando um dia. Era tarde. Paramos num boteco para comer. Tínhamos fome. Sabíamos que ia ficar pesado terminar a caminhada de barriga cheia. A senhora do boteco disse: “Tenho somente pizza. De polvo”. Fiz foto para mostrar aos incrédulos. Traçamos a pizza de polvo e terminamos a caminhada aos trancos e barrancos aquele dia.

De outra vez comemos um hamburger de polvo. Acredita? Galícia, decore esse nome. Lugar de comida gostosa. Tudo. Não somente polvo. Carnes. Tudo delicioso.

O menu do peregrino dá muitas opções de pratos como entrada: tortilla, salada, paella, caldo galego. O segundo prato normalmente era carne, frango e outras opções. Aí ainda tinha a Sobremesa. Tudo muito bom. Por mais que o menu do peregrino fosse uma refeição básica, era muita comida de verdade.

Beto Benjamin: Como os peregrinos eram vistos pela população?

Pedro Gordilho: Extremamente respeitados. O peregrino tem toda uma história. Aquela coisa religiosa. Católica. Tradição. Muitos lugares dependem economicamente dos peregrinos para sobreviver. Reconhecimento, cumprimento. A população sempre lhe diz na sua passagem:

“Buon camino! Buon camino”!

É a saudação oficial. Não apenas entre os peregrinos. Também da população que vive nos vilarejos e cidades ao longo caminho. Muito bacana!

Beto Benjamin: Havia alguma cerimônia especial para peregrinos nas igrejas que vocês passavam?

Pedro Gordilho: Claro que sim. Devo ter assistido pelo menos umas dez missas nessa caminhada. Não tinha muito o que fazer além de caminhar. Vamos para a missa! Em alguns lugares havia a benção dos peregrinos. Um negócio lindo! Acabava a missa, o padre reunia os peregrinos que estavam na igreja. Chamava-os para a frente do altar, liberando as pessoas locais e fazia a benção.

Teve um que falou em dez idiomas. O padre perguntava de onde vinha cada pessoa. Vínhamos de todos os lugares: Brasil, China, Japão, Holanda, Itália, França, Bélgica, Estados Unidos, Inglaterra… Enfim, de muitos países. Ele então dava seu recado dizendo como era importante cada um de nós estar ali e desejando um caminho de conhecimento, de paz. Mensagens tocantes.

Igrejas lindas! Me assombrei com a beleza delas. Pensava que tínhamos belas igrejas em Salvador. A nossa igreja de São Francisco – que é reconhecidamente uma das mais lindas e ricas – se compara lá  na Espanha com igrejas de povoados com quinhentos habitantes. Difícil acreditar no que se está vendo! Conhece a catedral de Santiago de Compostela? Pois de repente, você se depara com uma igreja que tem um “pé direito” (altura) de trinta metros.

Altares belíssimos. Suntuosos. Impressionante se deparar com o poder que a Igreja exercia – e ainda exerce – sobre as  pessoas. Ouro e prata em abundância. Provavelmente levados daqui. A ostentação de poder está ali. Não dá para descrever, nem  imaginar. Tem que conferir. Altares com vinte e cinco metros de altura, tudo em ouro. Acredita?  Centenas de imagens de santos atrás do altar… Um luxo só!

A igreja de Santiago tem um incensário. Uma obra de arte. Quando tem cerimonias importantes eles utilizam aquele equipamento com três metros de diâmetro. Fica pendurado com uma corda com um moitão. Aquele conjunto sobe. Eles começam a balançar. Cruza a igreja inteira balançando.  Veja no YouTube. As pessoas devem morrer de medo daquilo se soltar, desabar e cair em cima de alguém. É morte certa!

Fiz uma descoberta interessante. A razão de usarem incenso antigamente nas igrejas: para disfarçar o mau cheiro das pessoas. Apesar de tudo, é lindo. Me falaram então sobre um filme  chamado “The way” (O Caminho). Assisti no YouTube.

Luiz se “apagava” cedo. Dava sete horas da noite e já estava recolhido. Tinha que apagar todas as luzes. Ele botava um pano na cabeça e adormecia. Ninguém podia se mexer. Normalmente eu dormia mais tarde. Pensava: “Puta que pariu! O que vou ficar fazendo aqui sozinho?” Então pegava meu iPhone e assistia filmes.

Recomendo ver “O Caminho” pois retrata fielmente como é uma peregrinação. Está tudo ali. Toda a simplicidade da caminhada. Você lembra da história do filme? As pessoas vivendo suas experiências em busca de si próprias…

Me fez lembrar da Chapada Diamantina, na Bahia. Do Capão, onde tenho uma casa e mais precisamente do Vale do Paty. Parece um pouco com o caminho de Santiago. Sobe o morro, anda sobre uma planície e chega num lugar.

Você acha o Capão bonito? Pois o Paty é muito mais! É lindo. Você dorme na casa de “não-sei-quenzinho” num quarto coletivo com o chão de terra batida. Eu já dormi. Experiência boa. Muito bacana. Se não fez, recomento.

Tome nota. No próximo São João vou para o Capão subir o morro defronte a minha casa. Sempre que me sentava na varanda, apreciando a paisagem, olhava para ele e dizia:

“Ainda vou subir você um dia, seu Morro!”.

Um vizinho meu amigo, já subiu. O morro tem quinhentos metros de altura. Sempre me perguntei se teria coragem para subir? No caminho de Santiago fui a mais de mil e quinhentos metros de altura. Portanto, subir esse morro agora é um tapa. Está marcado: dia vinte de junho vou subir o Morro Branco. Ele é lindo visto de qualquer lugar. Da minha casa o visual é extraordinário. Muito contemplativo. Totalmente zen!

Beto Benjamin: Pedro me lembro bem do Capão. Um vale com montanhas em volta e a Natureza. Linda e exuberante como ela é. Não precisa de mais nada! Não é?

Cenas do Caminho de Santiago

Pedro Gordilho: Sim e ainda tem muitas pessoas bacanas vivendo lá. Não apenas os nativos mas, pessoas do mundo inteiro que escolheram aquele lugar para viver por algum tempo ou definitivamente. Encontrei gente bem educada. “Na delas”. Ninguém quer saber do seu sobrenome. Zero violência. Lugar que não tem polícia, não tem bandido. Se você precisar de polícia não vá para lá. Se pode dormir com portas e janelas abertas. Faz frio. Muito frio para os padrões brasileiros… Um paraíso na Terra!

Final da entrevista no próximo post

 

4 comentários em “Pedro Gordilho e o Caminho de Santiago! – Parte 3

  1. Parabens Pedro Gordilho por compartilhar essas memorias do “Camino”. Parabens Benjamin por proporcionar esse espaco de comunicacao com interessantes registros de sonhos e descobertas. Eliane e eu ja’ estamos alinhados para fazer essa peregrinacao prevista para na proxima primavera espanhola. 🙂

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  2. Excelente narrativa e uma grande experiência de vida. O perdão mútuo foi a melhor parte.
    Boa ideia, Beto! Parabéns pela entrega, Pedro. Pergunta: qual a melhor época para fazer o caminho? Sem chuva, sem frio excessivo.

    Curtido por 1 pessoa

  3. Belo relato, tou com 62, não sei se ainda conseguirei fazer o caminho nessa “encadernação” ou se vai ficar pra próxima. Bom caminho para todos nós no meio dessa confusão planetária, que também é um momento de reflexão e de olharmos pra dentro e descobrirmos quem realmente somos. Abração

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